segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Escrevo.

Escrevo só porque minha mente é intranquila demais. Não pára um segundo. Precisa de um escape. Daí sai alguma coisa. Não tenho pretensão de ser tocante pra quem me lê, apesar de silenciosamente vibrar quando alcanço uma alma sensível. Escrevo sobre mim, sobre ti, sobre nós sendo com o mundo e com os outros. Viu? Nada de novo. Só mais um olhar sobre nossa existência e suas circunstâncias, uma abertura para o cotidiano que merece ser realçado, a fim de extrair sua beleza e desobstruir poros da alma. Desobstruir. Adoro essa palavra.
Escrevo cru. Sem sentimentalismo(só algumas várias vezes). Sem mais delongas, espero que gostem, detestem, discutam ou melhor, se abram e vamos juntos aprimorando o ordinário e vivendo o seu melhor.
O caminho é longo, mas não precisa ser árduo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Uma delícia de passagem

Um relâmpago, um lapso, uma estrela cadente, daquelas que vêm tão ligeira, mas tão ligeira que nem dá tempo de fazer os melhores desejos. Assim foi o meu momento maternal. O mais gostoso de todos os tempos. O que só veio pra melhorar ineditamente todas as minhas sensações. Todas. Nunca foi o desejo da minha vida, mas transforma, indubitavelmente. Preparem-se, meninas...é espetacular.
Mas me foi tirado com a mesma rapidez. Foi só pra eu sentir o gostinho. Se poupe, que esse não é um texto triste, nem se preocupe.

Refazendo. Ao refazer-se não se pergunte. Sinta e agradeça. Perceba o que foi melhorado, como um pedido mesmo, feito àquela estrela cadente. Citando um clichê, mas estes são sábios, tudo vem na sua exata hora. Panta rei. Tudo flui.

Querido, seu pais agradecem a união e o aprendizado deixado.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ins[piração]




quando estou feliz não tenho inspiração. minhas reflexões continuam incessantes (ah, seu eu ganhasse dinheiro por cada elocubração!), mas parecem mais superficiais quando estou feliz. não são dignas de uma escrita. não soam bonitas. deveria ser o contrário, né? comigo não funciona assim. "é preciso um bocado de tristeza", já dizia Vinicius.
sendo assim, não creio que exista sentimento ruim. se este nos impulsiona a significar o novo. e esse é o novo cool, significar o novo. olhar [nova]mente para o que nos acontece de mais ordinário, todo dia. inspirar-se na angústia. não precisamos estar sempre bem. isso pra mim é idiotizar a vida. mas sou suspeita pra falar, pois meu terapeuta anda me achando auto-sabotadora. um tanto misantropa talvez, eu digo. mas bem contente está, essa menina. e paradoxa: adora uma mudança, mas também os velhos hábitos, uma passional fria e calculista. já viu isso? eu, sim.


mas vamos lá. rumo a amplidão de nosso olhar. sem esforço, só sentimento. e um pouco de racionalidade que não faz mal a ninguém.