sábado, 9 de março de 2013

Viramos hipótese

No último dia oito, como sabemos é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Então imaginem as redes sociais infestadas de mensagens heróicas, sensíveis, entre outros tipos. Mas me deu a impressão de que ainda não estamos livres, de fato. Sim, veja meu raciocínio e discorde, se for o caso. Há 50 anos éramos cobradas para sermos do lar, do marido e para os filhos. Muito se lutou para conseguirmos o espaço que temos hoje. Só que hoje, ainda, continuamos sendo cobradas, agora uma cobrança com uma outra roupagem, a de "Mulher Maravilha". A sociedade te cobra e às vezes, nós mesmas também, de sermos: (prepara a lista) mãe, esposa, profissional, amante, bela e uma porrada de outras coisas. E as mulheres seguem assim! Se encaixando mais uma vez no "sistema atual", né? Desconsiderando laços afetivos em prol de uma boa carreira, não situando-se na criação dos filhos, ansiando pela vaidade 24 horas pra não transparecer tanto desgaste. Porque sim, quanto de nossa energia é depositada nesse cumprimento.

Bom, o que quero dizer é que sejamos livres, de fato. Livres dos discursos prontos. Molde sua vida como preferir, afinal, foi pela liberdade de escolha que muitas lutaram. Então,  minha amiga, escolha ser Amélia, se quiser, opte pelos filhos ao invés da carreira, se quiser, escolha ser mulherzinha de um só, se quiser.
Dê um tempo na cobrança. Relaxe. Já temos força suficiente e não precisamos prová-la o tempo todo pra ninguém. Estejamos preparadas para nos libertarmos, enfim.

E todo dia é nosso e todo dia é do homem, da criança, da árvore, do índio...