quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ser ou não ser: não é a questão

Depois de tantas auto-análises, me considero uma pessoa desapegada. Estou sempre pregando o desapego. Sim, não me prendo a lugares, momentos, cabelos, coisas, como o mesmo perfume ou número de telefone. Não faço questão de me tornar inesquecível e necessária para ninguém.
Desapego de roupas, sapatos entre outras coisas com uma facilidade, que quando me dou conta, fiquei só com uma "muda" de roupa no armário...e não saio correndo a fim de comprar e repor.
Mas, como devemos transitar entre os extremos, vamos agora aos apegos.

Não sou eclética, não ouço de tudo e nem gosto muito de novidades musicais. Não curto muito fazer novos amigos. Mantenho os meus velhos e com muita estrada juntos, mas gosto de reconhecer uma novidade, sintonizando as afinidades com novos conhecidos, isso sim. Fora isso, não tenho energia para interagir socialmente. Não sou apegada à dor, sofro só o suficiente, creio eu.
Não sou apegada nem à família, vejam só. Mas, sou do café das quatro com a minha mãe e da cerveja gelada no fim de semana com o meu pai, seja qual for o dia da semana. Não sou das datas convencionais.

Mas o melhor é que posso desapegar também do "sou" e do "não sou" e permito surpreender-me. Podemos todos, oras. Somos inacabados! Não tenho uma cor, comida ou banda predileta. Não mesmo. Não tenho respostas. Nem por isso perco minha essência. Podemos variar os personagens, refazer as certezas. Eis o maior dos desapegos: o de nossas crenças. Quem o pratica é possuidor de verdadeiro espírito livre.

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