quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Hipócritas: Quando não fomos?

Traímos, julgando quem nos trai.
Xingamos, não admitindo o inverso.
Pregamos liberdade, repudiando a diferença.

Porque pimenta, seja ela qual for, no cu dos outros é sempre mais docinho.
Esquece o discurso, então.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ser ou não ser: não é a questão

Depois de tantas auto-análises, me considero uma pessoa desapegada. Estou sempre pregando o desapego. Sim, não me prendo a lugares, momentos, cabelos, coisas, como o mesmo perfume ou número de telefone. Não faço questão de me tornar inesquecível e necessária para ninguém.
Desapego de roupas, sapatos entre outras coisas com uma facilidade, que quando me dou conta, fiquei só com uma "muda" de roupa no armário...e não saio correndo a fim de comprar e repor.
Mas, como devemos transitar entre os extremos, vamos agora aos apegos.

Não sou eclética, não ouço de tudo e nem gosto muito de novidades musicais. Não curto muito fazer novos amigos. Mantenho os meus velhos e com muita estrada juntos, mas gosto de reconhecer uma novidade, sintonizando as afinidades com novos conhecidos, isso sim. Fora isso, não tenho energia para interagir socialmente. Não sou apegada à dor, sofro só o suficiente, creio eu.
Não sou apegada nem à família, vejam só. Mas, sou do café das quatro com a minha mãe e da cerveja gelada no fim de semana com o meu pai, seja qual for o dia da semana. Não sou das datas convencionais.

Mas o melhor é que posso desapegar também do "sou" e do "não sou" e permito surpreender-me. Podemos todos, oras. Somos inacabados! Não tenho uma cor, comida ou banda predileta. Não mesmo. Não tenho respostas. Nem por isso perco minha essência. Podemos variar os personagens, refazer as certezas. Eis o maior dos desapegos: o de nossas crenças. Quem o pratica é possuidor de verdadeiro espírito livre.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Não escrevo


Nunca mais me inspirei pra escrever. Mentira!
Tenho inspirações, no plural, todo dia. Mas nem sempre cabem em palavras, fazer o quê?
Não gosto do que se torna obsoleto com facilidade, e a internet vem causando isso com tudo o que surge como bacana.
Vida é o que acontece entre uma postagem e outra, né? A gente é o que a gente faz, sem plateia.
E há tempos venho mudando de ideia em relação a várias coisas. Claro, ideias existem para serem transformadas. Assim sendo, em nome desse processo, mergulhei em mim. E tô por aqui ainda. Analisando, medindo, sentindo...vivendo. 
Volto quando não mais caber de inspiração.

Até.

sábado, 9 de março de 2013

Viramos hipótese

No último dia oito, como sabemos é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Então imaginem as redes sociais infestadas de mensagens heróicas, sensíveis, entre outros tipos. Mas me deu a impressão de que ainda não estamos livres, de fato. Sim, veja meu raciocínio e discorde, se for o caso. Há 50 anos éramos cobradas para sermos do lar, do marido e para os filhos. Muito se lutou para conseguirmos o espaço que temos hoje. Só que hoje, ainda, continuamos sendo cobradas, agora uma cobrança com uma outra roupagem, a de "Mulher Maravilha". A sociedade te cobra e às vezes, nós mesmas também, de sermos: (prepara a lista) mãe, esposa, profissional, amante, bela e uma porrada de outras coisas. E as mulheres seguem assim! Se encaixando mais uma vez no "sistema atual", né? Desconsiderando laços afetivos em prol de uma boa carreira, não situando-se na criação dos filhos, ansiando pela vaidade 24 horas pra não transparecer tanto desgaste. Porque sim, quanto de nossa energia é depositada nesse cumprimento.

Bom, o que quero dizer é que sejamos livres, de fato. Livres dos discursos prontos. Molde sua vida como preferir, afinal, foi pela liberdade de escolha que muitas lutaram. Então,  minha amiga, escolha ser Amélia, se quiser, opte pelos filhos ao invés da carreira, se quiser, escolha ser mulherzinha de um só, se quiser.
Dê um tempo na cobrança. Relaxe. Já temos força suficiente e não precisamos prová-la o tempo todo pra ninguém. Estejamos preparadas para nos libertarmos, enfim.

E todo dia é nosso e todo dia é do homem, da criança, da árvore, do índio...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Do encontro

Não ao acaso, mas muito improvável, eis que surge o encontro em outra cidade, em meio ao ecletismo da banda Calypso e do José Augusto. (¬¬)
Do papo surgiu o interesse, o encanto e ... danou-se. Bastou para se ter a certeza mais conflitante de todas: é ele/ela.
Em pouco tempo o amor cresceu. Em muito menos dividiram o  mesmo teto. As pessoas comentando: "Que loucura!" "Insensatos." "Vai passar."
Queriam mais, fizeram um filho. O Universo disse: "Epa! Peraí, agora não!"
Passaram juntos por tudo e assim seguiram, entre lágrimas, risos, confissões, abraços apertados, nós mais apertados ainda.
A velha certeza foi testada e eles passaram no teste. E, maduros, decidiram "organizar o coreto" com papel passado e tudo.
Pediram a benção a quem os quis sempre bem. "Com licença, estamos sendo felizes."
E que assim seja e assim se faça. Harmonia, muita risada, cumplicidade e respeito acima de tudo.
Erikson define a intimidade como "a capacidade de fundir sua identidade com a de outra pessoa, sem receio de que você possa perder algo de si".
Pois bem, não somos um só, mas somos dois desejando compartilhar a unicidade das coisas. E, como dois, mas amalgamados, dizemos assim:

Nos amo.

Sua esposa,
R.

PS: Tudo isso em nove meses!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Predisposição

Na última sexta-feira do ano de 2012 tive um encontro significativo com Patrícia, uma prima que eu não conhecia por ela morar em Londres há 16 anos. Papo vai, papo vem, a empatia e identificação rolando solta, descobrimos que eu "furtara" alguns presentes que ela havia enviado a minha mãe por correio: livros e cd's sobre o budismo, o que a deixou muito satisfeita em saber que alguém aqui, tão longe estava aberta a lhe ouvir. Pois bem, Patrícia. Recebi seu presente e este hoje faz parte de meus dias, obrigada!
O que quero partilhar com vocês, aproveitando o janeiro, o ano novo, o ciclo novo é um trecho de um sutra Shinjikan que diz: " Se deseja saber que causas foram feitas no passado, observe os resultados que se manifestam no presente. E se deseja saber que resultados serão manifestados no futuro, observe as causas que estão sendo feitas no presente." Sacaram? Causa e efeito.
É agora! E o que tá em jogo é sua predisposição para transformar sua existência HOJE. Todo dia faz um pouquinho, dá um passinho. Tímido mesmo, não faz mal. Agradeça e vivencie dignamente cada nova transformação. Verão o resultado. De insatisfação à gratidão e serenidade. De tristeza e dor a belos dias na praia, linda, magra e de amor novo. Muito bem! Parabéns! Foi você! Vai ser sempre você.
Ah, não esqueça do Universo. Faz o teu que ele dá uma mão das boas.

Feliz ano novo. Todo dia.